4.2.3 - Short Baseline System
Um
sistema short baseline é como um sistema long baseline, com exceção de que
existe uma matriz de transdutores (hidrofones), espalhado ao longo da parte de
baixo do navio DP e a(s) linha(s) de base são as distâncias entre eles. Assim,
a precisão pode ser melhor do que na do tipo ultra- ou super-short baseline e
opera com um transponder, mas ainda depende de correções de movimento do navio.
Alguns navios têm até oito perfurações no casco para tubos ou varas em que os
hidrofones são implantados.
Assim
como nos sistemas USBL, os sistemas SBL não requerem transponders ou
equipamentos montados no fundo do mar e são, portanto, adequados para rastrear
alvos submarinos de barcos ou navios que estão ancorados ou em curso. No
entanto, ao contrário dos sistemas USBL, que oferecem uma precisão fixa, a precisão no posicionamento
SBL melhora com o espaçamento do transdutor. Assim, quando o espaço permitir,
por exemplo, quando operando a partir de navios maiores ou um dique, o sistema
SBL pode alcançar uma precisão e posição que é similar àquela dos sistemas LBL
montados no fundo do mar, tornando o sistema adequado para trabalhos de
pesquisa de alta precisão. Quando se opera a partir de uma embarcação menor
onde o espaçamento do transdutor é limitado (i.e quando a linha de base é
curta), o sistema SBL irá exibir precisão reduzida.
Sistemas
SBL determinam a posição de um alvo a partir de três ou mais transdutores que
estão, por exemplo, dispostos a partir do costado da superfície do navio de
onde as operações ocorrem. Estas medidas de alcance, que são normalmente
suplementadas por dados de profundidade de um sensor de pressão, são então
usadas para triangular a posição do alvo. Na figura acima, o transdutor da
linha de base (A) envia um sinal, o qual é recebido pelo transponder (B) no
alvo. O transponder responde, e a resposta é recebida pelos três transdutores
da linha de base (A,C,D). Medidas do tempo decorrido agora indicam as
distâncias B-A, B-C e B-D. As posições resultantes do alvo são sempre relativas
à localização dos transdutores da linha de base. Em casos onde a operação é
conduzida a partir de um alvo em deslocamento mas a posição do alvo deva ser
conhecida em coordenadas terrestres como latitude/longitude ou UTM, o sistema
de posicionamento SBL é combinado com um receptor GPS e uma bússola eletrônica,
ambas montadas no barco. Estes instrumentos determinam o local e orientação do
barco, os quais são combinados com os dados de posição relativa do sistema SBL
para estabelecer a posição do alvo em coordenadas terrestres.
Outra aplicação
Um único transponder, denominado T1 na gravura
abaixo, é montado ao objeto marcado. Sistemas SBL podem operar de vários modos
diferentes, sendo o modo “transponder” o mais comum.
No modo transponder, um dos receptores dos navios
emite um sinal acústico. Com a recepção deste sinal, pelo transponder, uma
resposta acústica é emitida. Os sistemas SBL utilizam a triangulação para
determina a posição do transponder submarino medindo o alcance e ângulo do alvo
em relação à superfície do navio. O sistema SBL determina o ângulo do
transponder submarino medindo os tempos relativos de chegada das respostas
acústicas de cada transceptor. O alcance do objeto marcado é calculado usando o
tempo decorrido desde a emissão do sinal acústico pelo transceptor até a
recepção da resposta acústica.
A característica mais acentuada do sistema SBL é a
distância entre os transceptores, também chamado de linha base, linha de base
ou baseline. Para sistemas SBL a linha de base é tipicamente de 20-50m.
Arte gráfica mostrando um sistema de
posicionamento acústico do tipo short
baseline
Este sistema centrado no navio fornece a posição do
dispositivo submarino marcado em relação à posição e orientação do navio.
Relacionar a posição relativa do receptor à posição absoluta do fundo do mar é
um desafio que requer a adição de vários sensores. Uma unidade de referência
vertical (VRU), unidade de navegação de superfície e uma giro são necessário
para determinar a posição do alvo submarino em relação ao fundo do mar.
Sistemas SBL tem perdido mercado, em anos recente,
para os sistemas mais leves e menores do tipo USBL. Uma vez que o sistema SBL
não fornece a precisão de posição excelente como é fornecida pelo sistema LBL,
nem mesmo a facilidade de lançamento do sistema USBL, este sistema (SBL) é
raramento escolhido para uso em novas aplicações. De fato, fabricantes de
sistemas SBL (e.g. Sonardyne) tem interrompido a fabricação de seus sitemas
SBL.
As vantagens e desvantagens de um sistema de
posicionamento SBL são listados abaixo:
Vantagens
|
Desvantagens
|
·
Baixa complexidade do sistema torna o SBL uma
ferramenta de fácil uso.
|
·
Grandes linhas de base (baselines) são
necessário para uma melhor precisão
|
·
Boa precisão de alcance
|
·
As posições do transceptor deve ser
precisamente identificada no navio, normalmente requer-se um dique seco.
|
· Fácil
de dispor já que nenhum transponder é depositado no fundo do mar
|
· A
precisão da posição absoluta depende de sensores adicionais (giro, VRU)
|
· Pequenos
transdutores no navio
|
· No
mínimo 3 transdutores devem ser firmemente montados no navio.
|
High Precision Acoustic Positioning – HiPAP®
A família HIPAP
(Kongsberg) consiste dos sistemas de posicionamento subaquático de maior
sucesso existente no mercado. Foi primeiramente desenvolvido com foco no
princípio SSBL – Super Short Base Line, já que este era um requisito de mercado
na tentativa de se evitar o princípio LBL – Long Base Line em águas profundas e
em aplicações de pesquisa aquáticas precisa.
A principal
vantagem do princípio SSBL é que só requer um único transdutor montado no navio
e um transponder subaquático. A tecnologia
de um único transdutor e processamento de sinal digital avançado parece ser a
solução ideal para se obter uma precisão ótima de posicionamento em águas
profundas.
Maiores detalhes
sobre a tecnologia consulte o site da Kongsberg. Estou traduzindo o folder e
prometo postar aqui em breve.
4.3 - Referência de Posição Taut Wire (Fio Tesado)
Como o
próprio nome diz, o sistema Taut Wire (Cabo Tesado) consiste em um peso montado
no convés que tensiona um cabo. Um cabo é mantido a uma tensão constante, por
meio de um peso depressor sobre o leito do mar ou ainda, a ponta do cabo pode
ser passada para outra embarcação, onde, mantida uma determinada tensão, o DP
permanece na distância pré-estabelecida do alvo em função da tensão. Qualquer
movimento do navio fará com que o fio tensionado se desvie da sua inclinação
inicial. Esse movimento ativa potenciômetros montados no sensor e produz
alterações de sinais analógicos diretamente proporcionais ao desvio da
inclinação. Esse sistema é mais antigo, não vemos mais a bordo nos dias de
hoje.
APLICAÇÃO
Um
cabo tesado é uma referência de posição útil, particularmente quando o navio
pode passar longos períodos em um local estático e a profundidade da água seja
limitada. O mais comum consiste de uma montagem de guindaste no convés,
geralmente disposto na parte lateral do navio e um peso depressor sobre um cabo
abaixado por um guincho à tensão constante. No final do curso do guindaste
sensores de ângulo detectam o ângulo do cabo. O peso é abaixado para o leito do
mar e o guincho ligado à tensão constante, ou no modo de ‘amarração’. Daí em
diante, o guincho opera para manter uma tensão constante no fio e
consequentemente detectar os movimentos do navio. O comprimento do cabo
implantando, juntamente com o ângulo do fio, define a posição da cabeça do
sensor com relação ao peso depressor uma vez que a distância vertical entre a
roldana da lança do guindaste para o fundo do mar é conhecida. Isto já é medido
na implantação.
Esboço 4.3 - Princípios Taut Wire
Estes ângulos
são corrigidos no arame esticado ou pela sistema
DP de controle para inclinações de navios (roll e pitch ângulos e movimento).
Vertical
sistemas de fios tensos têm limitações no ângulo de fio por causa do crescente
risco de arrastar o peso com o aumento ângulos. Um ângulo de fio típico máximo é 20
graus, ponto em que o DP sistema
irá iniciar um aviso.Alguns vasos também têm horizontais ou superfície fios
esticados que podem ser usados quando fechar a uma estrutura
fixa ou navio a partir da qual uma posição deve
ser mantida. O princípio de
funcionamento é o mesmo, mas um ponto de fixação segura é necessária em vez de
um peso.
Estes
ângulos são corrigidos no fio esticado ou pelo sistema de controle DP para
inclinações do navio (ângulos roll e pitch e movimento).
Sistemas
de fio tesado vertical têm limitações no ângulo do fio por causa do crescente
risco de arrastar o peso à medida que os ângulos aumentam. Um ângulo máximo
típico permitido é de 20 graus, em cujo ponto o sistema DP irá dar início a um
advertência. Alguns navios também possuem fios tesos horizontal ou de
superfície que podem ser utilizados quando estiverem próximos de uma estrutura
fixa de um navio do qual se de tem de manter uma posição. O princípio de
operação é o mesmo, porém requer-se um ponto fixo seguro ao invés de um peso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário